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A Suficiência da Escritura Sagrada



Conforme estudamos, há algum tempo, todas as práticas aberrantes e falsas doutrinas procedem de uma errônea interpretação das Escrituras.  De fato, todos os erros entregues pelas seitas, que afirmam ser bíblicas, podem ser traçados a um incorreto sistema de hermenêutica. Todo cristão deveria entender e aplicar alguns princípios básicos de hermenêutica, ao estudar a Bíblia.

         Infelizmente, a maioria dos pastores falha em equipar os crentes com a necessária habilidade  para que eles se tornem excelentes bereanos.  Além disso, muitos pastores (através do país) possuem pouca ou nenhuma erudição teológica, deixando, assim, de compreender e de ensinar corretamente a Bíblia às suas congregações. (Exemplos destes homens falhos no ensino são: Joel Osteen e Creflo Dollar, nos Estados Unidos e Silas Malafaia, no Brasil, pássaros da mesma plumagem). Eles lembram o que Jesus falou sobre “cegos guiando outros cegos”.

         Além das interpretações incorretas da Bíblia, com os resultantes problemas, existe outra dificuldade prejudicando o povo de Deus, que é a defesa e aceitação das experiências espirituais como tendo a mesma autoridade da Bíblia. [N.T. - Assim como a ICAR costuma anexar a Tradição da igreja à Bíblia, os pentecostais costumam anexar suas experiências “no Espírito”]. Milhões de cristãos professos aceitam prontamente as “revelações” subjetivas de vários líderes, ou deles mesmos, como tendo a mesma validade da Palavra de Deus escrita.

         A Palavra de Deus não é considerada como sendo a guia absoluta por muitos cristãos. Eles não a consideram suficiente para a fé e prática da vida cristã, conforme lemos na 2 Timóteo 3:16-17; “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.

         Muitas pessoas argumentam que os dados extra-bíblicos devem ser proclamados como sendo “novas” revelações do Espírito Santo, o Qual teria usado uma porção de auto proclamados apóstolos, profetas e reavivalistas, para transmitir novos ensinos. Ora, este problema não é novo; de fato, o apóstolo Paulo falou sobre pessoas que estavam tentando impor suas supostas experiências místicas aos cristãos, conforme lemos em Gálatas 1: 6;9: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”.

Também em Colossenses 2:18,19 Paulo diz: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, E não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus”.

Parece que um grande número de pessoas tem uma tendência para se afastar da verdade objetiva da Palavra de Deus, em direção às falíveis experiências subjetivas.

Desde os anos 1970, temos visto um grande entusiasmo no sentido de experienciar vividamente a Palavra de Deus, no movimento Palavra da Fé. O falecido Kenneth Haggin foi o construtor de uma grande porção de SINistras doutrinas sobre os seus supostos encontros com o Senhor. Muitas dessas doutrinas foram escritas em seu livro “I belive in Vison”  (Eu Creio em Visões).

Outro visionário totalmente herético - Jesse Duplantis - expandiu tremendamente sua influência, após ter publicado um futilíssimo conto a respeito de sua ida ao céu, onde ele teve encontros íntimos com um Semelhante a Deus. Jesse regala os seus leitores com uma narrativa não apenas muito detalhada do “céu”, como também compartilha suas experiências visíveis com anjos, quando no seu carro foi tele portado sobre o estado da Louisiana, além de outras bizarras experiências.

Mary K. Baxter escreveu um livro que a lançou na fama e lhe rendeu uma fortuna nos meios carismáticos [Nota da tradutora: Li este livro ridículo]. No livro, ela conta que esteve no inferno por quarenta noites seguidas, em companhia do Senhor Jesus Cristo. O livro “A Divina Revelação do Inferno”  foi reimpresso várias vezes e traduzido em dez idiomas. Ele está repleto de detalhes gráficos sobre o que cada alma condenada vai sofrer e Baxter afirma que milhares de pessoas foram atraídas à fé em Cristo, através do seu livro! Como se não bastasse, ela quis repetir a dose, tendo escrito outro livro espúrio intitulado: “A Divina Revelação do Céu”; em seguida, ela escreveu mais um: “A Divina Revelação da Glória”  [Nota da Tradutora: “Não li a ‘Divina Revelação do Céu’ nem a ‘da Glória’ e, talvez por isso, eu não tenha crescido tanto na graça e no conhecimento de Cristo, conforme a opinião de alguns pentecas].

O Discernment Ministries International também esteve entre os ministérios apologéticos, que denunciaram a tolice do livro “O Céu é tão Real”, de Choo Thomas, falando de sua ida ao Céu. Thomas revela que existe morte no céu, explicando que, quando Jesus apanha o seu peixe, Ele o mata, cozinha e entrega para que ela o coma.

Cada um desses livros (além de outros, que poderiam ser mencionados) vendeu mais de dez mil cópias, tendo sidos impressos em vários idiomas, para satisfazer o consumo dos cristãos ávidos de experiências (isto sem falar nas fitas K-7, fitas de vídeo e vendas particulares feitas pelos autores).

Esses visionários têm saído pelo mundo narrando suas escusas experiências a um incontável número de pessoas ávidas de novidades evangélicas. [Nota da Tradutora: “Eles nos fazem lembrar a passagem de Atos 17:21, que diz : ‘Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade’”].

É grande a minha preocupação de que as pessoas estejam abandonando a suficiência das Escrituras, preferindo escutar as últimas experiências de alguém.

O Bíblical Discernment Ministries recebe um grande número de e-mails contundentes dos devotos seguidores dos heréticos enganadores. Algumas das queixas mais gentis são: “Vocês não acreditam que Deus possa arrebatar alguém ao Céu? Não teria sido o caso de Paulo, conforme a 2 Coríntios 12:3-4?”
Virtualmente, todos os comentaristas concordam em que Paulo está contando que foi arrebatado ao Céu. Mas, interessante é que ele não compartilha coisa alguma do que viu e ouviu. Por que não? Enquanto isso, quando um desses visionários narra uma experiência de “ida ao Céu”, logo em seguida funda um ministério, conforme a sua experiência. [Nota da tradutora: “E haja dinheiro em suas contas bancárias”]. Ora, Paulo não contou sua experiência, exatamente porque esta foi exclusivamente dele e, obviamente, não iria beneficiar pessoa alguma. [Nota da tradutora: “É provável que Paulo tenha ido ao Céu durante a sua experiência de quase-morte, conforme episódio narrado em Atos 14:17].

Nada do que Haggin Duplantis, Choo Thomas e Baxter escreveram pode fortalecer a fé ou promover a verdadeira santificação do crente. Tudo que estes livros têm feito é focalizar a pessoa do autor, deixando implícito que ele se considera um vaso de honra escolhido por Deus, nestes últimos dias, a fim de preparar a igreja para a volta de Cristo. [Nota da tradutora: “Uma leitura diligente das profecias bíblicas daria um resultado melhor e mais edificante”].

Nenhuma dessas mitológicas narrativas escritas pode encorajar a uma leitura mais consistente da Bíblia Sagrada, através da qual Deus nos fala em cada página.
Declaro, enfaticamente, que este fenômeno de pessoas, doutrinas e práticas embasadas em experiências pessoais não é novidade.

Durante a Reforma Protestante, feita por Martinho Lutero, ele argumentava constantemente a respeito de várias seitas por ele classificadas como: “entusiastas”. O entusiasmo religioso procede de Adão e dos seus descendentes, desde o princípio das eras, devendo continuar, até o final dos tempos. Ele se alimenta do veneno letal expelido pela antiga serpente. Ele é a fonte e o poder de todas as heresias, tanto do islamismo como do papado e do neopentecostalismo...

Então, devemos insistir que Deus não trata com os seres humanos, a não ser através da Sua Palavra. Qualquer pessoa que se vangloriar de uma nova revelação do Espírito Santo pode ter sido vítima de uma revelação de um “outro espírito”.

Os entusiastas e religiosos sempre tentam sentir algo ou escutar Deus falando diretamente com eles,  à parte das Escrituras. Cuidado com esses entusiastas religiosos, tão comuns no meio carismático. O Espírito de Deus se move, especialmente, quando a Palavra de Deus está sendo pregada com amor e discernimento. Quando alguém escuta a Palavra e começa a gritar e a “cair no Espírito”, este fenômeno não é de Deus, porque Ele não é de confusão e nem aprecia top models no evangelho.

Bill Hamon costuma carregar um grosso volume contendo suas profecias individuas, entregues nos últimos quarentas anos. [Nota da Tradutora: “Será que é para mostrar uma erudição que ele não possui, ou por temer entrar em contradição sobre o que falou antes?].

Vamos ler Hebreus 1:1-3: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,   a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados”. [Nota da Tradutora: “Ora, se Deus falou antigamente pelos profetas, e depois pelo Filho, quem poderia acrescentar coisa alguma ao que o Filho falou?”

Na 2 Pedro 1:18-21, lemos: “E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo; e temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”.

 Ora, se Pedro esteve no Monte da Transfiguração, onde viu Jesus, Moisés e Elias, e em seguida escutou o Pai ordenando que ouçamos o Seu Filho, em Quem Ele se compraz, quem precisa ouvir os apóstolos e profetas do nosso tempo?  É claro que Pedro foi escolhido por Deus, a fim de transmitir à igreja as exatas palavras das Profecias. Pedro não pregou sua experiência individual, para se promover, mas para edificar a futura geração de crentes.

Na 2 Pedro 1:3: “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude”.
Infelizmente, esta Palavra está sendo considerada  obsoleta, após da difusão da “Psicologia cristã”, quando muitos pastores acreditam nos sentimentos pessoais e nas revelações extra-bíblicas.
Um dos mais populares hereges carismáticos -Thomy Tenney - escreveu um grosso volume, intitulado: “The God Chassers”, denegrindo a Palavra de Deus e aconselhando os leitores a buscarem o seu próprio encontro com Deus. [Nota da Tradutora: “Outro herege (Henry Blackaby) escreveu suas experiências no livro intitulado: “Conhecendo Deus” e faturou uma fábula com os leitores do mundo inteiro. O herege Neale Donald  Walsch escreveu suas “Conversas com Deus”, repletas de heresias, um livro que lhe rendeu um lucro fabuloso!!!]

Esses visionários criam uma “plêiade” de extremistas carismáticos enquanto locupletam suas contas bancárias. Bem melhor é seguir o conselho de Paulo, conforme Atos 17:11:12. Quem escutou a pregação de Paulo, em Beréia, correu para casa, tomou os rolos sagrados para conferir as palavras do Apóstolo. O resultado é que muitos creram e se converteram. [Nota da Tradutora: “Paulo tem levado multidões dos leitores de suas cartas para o Céu, porque pregou somente a cruz de Cristo e não visões do Céu ou do inferno, conforme os mentirosos visionários estão fazendo, hoje em dia”].

Tradução e adaptação do artigo do Rev. Robert Liichow, 2007.
Mary Schultze

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