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Festival Promessas e a guerra de opiniões



Eu tinha feito um promessa a mim mesmo  de que não falaria nada sobre o tal Festival Promessas aqui no APENAS, pois não quero que este vire mais um blog voltado a polêmicas. Fujo disso. Queria tratar de assuntos realmente sérios e não de uma coisa tão irrelevante para o Reino de Deus como o show que foi exibido na emissora que mais promove o espiritismo, o mal uso da sexualidade, a desagregação familiar e outras práticas e ideologias com que os cristãos que seguem a Bíblia não concordam.

Mas me rendi: estou quebrando minha promessa devido à avalanche de irmãos que me mandaram comentários pelo blog e posts pelo twitter cobrando minha posição. Só que, ao contrário do que a maioria dos tweets e dos blogs já abordou à exaustão (creio que tudo o que tinha de ser dito sobre o assunto já foi dito por gente muito séria, que conhece as Escrituras, tem senso crítico e visão, como @renatovargens  @Bp_Walter @augustuslopes e @pulpitocristao), não quero discutir aqui o que esse evento representou, explicar por que ele não significa nada par o Evangelho ou o quê. A inutilidade desse show para o Reino de Deus já está mais do que clara.

O que quero refletir hoje é sobre a desunião e a polarização que houve entre o povo de  Deus no que tange a esse evento. Pois me impressionou como nas redes sociais a coisa provocou uma guerra feia de opiniões entre cristãos pró e contra. Feia mesmo. Quem acompanhou domingo a web e as conversas entre cristãos sobre o assunto se espantou (assim como eu me espantei) com o festival de grosserias, ofensas, fogo cruzado de versículos contra versículos e desrespeito para com o próximo por causa de opiniões conflitantes. Foi vergonhoso. Tendo sido o evento válido ou inválido, o show de  anticristianismo nos bate-bocas via internet entre "cristãos" favoráveis e desfavoráveis deu a tônica do domingo (e continuou na 2a feira). Triste é que isso nada mais é que um reflexo de como a Igreja evangélica no Brasil se encontra atualmente: desmembrada, desunida, em ruínas, vendida, esquartejada, ignorante e festiva. E sobre isso me interessa falar.

Pois a verdade é que todo mundo tem uma opinião para tudo. E, nao se  ofenda, por favor, mas pouquíssimas vezes essas opiniões são embasadas biblicamente e teologicamente. Regra geral, é mero achismo. E isso não é um achismo meu: é uma constatação. Não se analisam os bastidores, as entrelinhas, a História. Nada. É um mero exercício de opiniões – umas sábias, de pessoas coerentes; outras esdrúxulas, irrefletidas e agressivas de cidadãos que… deixa pra lá.

Pois bem, vamos lá. A Rede Globo inventou um programa "gospel" para abocanhar uma fatia dos R$ 2 bilhões de reais que o mercado evangélico movimenta anualmente no país. Isso é fato notório e negar isso seria de uma alienação atroz. Dinheiro é a única motivação da Globo para esse evento, bem como dos pastores que durante toda a vida malharam a Globo e no entanto vergonhosamente fizeram anúncio de seus produtos nos intervalos. Pois o mercado gospel interessa: a pirataria é menor entre os evangélicos, o mercado dá bem mais dinheiro e por isso a gravadora da Globo, a Som Livre, assinou contrato com diversos cantores e grupos que se dizem evangélicos – e a máquina do marketing começou a funcionar: apresentações no Faustão, spots na programação da emissora e tudo mais o que um pop star contratado pela empresa tem direito. (Se você quiser saber mais sobre a cooptaçao de grupos e cantores "gospel" pelo mercado secular pode ler na reportagem que fiz alguns meses atrás para a revista Cristianismo Hoje pelo link  http://migre.me/7dCYL  ).

O não inventado à toa Festival Promessas foi ao ar como o ponto alto, até o momento, dessas estratégias de marketing. O evento em si foi um fiasco, só deu 10% do público esperado, comercialmente só não fracassou totalmente porque a Prefeitura do Rio injetou R$ 2,9 milhões e,  por essa razão, dificilmente será repetido. Mas não se iluda: o  mercado evangélico (você, querido, querida que me lê) dá muuuuuuito dinheiro e já já eles vão inventar outra novidade para abocanhar seu dinheiro. Não ache que vão largar o osso fácil assim não.

Eu trabalhei 11 anos nas organizações Globo, sendo 2 no jornal e 9 na TV, conheço perfeitamente bem como funciona a mentalidade lá dentro (onde o deus único e soberano chama-se Mamon e seu profeta é o "índice de audiência") e posso falar com muita propriedade: tudo isso só teve uma única motivação: meter a mão na sua carteira. Só. Isso é fato. Quem crê que "Deus tocou no coração de algum executivo da empresa" para que o Festival Promessas ocorresse e "Deus fosse proclamado e glorificado" é vítima de uma ignorância quase esquizofrênica.

Mas esse evento em nada evangelístico breve vai cair no esquecimento, o dinheiro que a Globo ganhou com ele vai ajudar a financiar algo como um programa onde quem beija mais na boca ganha prêmios ou um reality show que incentive o adultério – apresentado por um ex-BBB – e os artistas gospel vão usar a grana que faturaram com o show pra comprar qualquer coisa em Miami… e acabou. Daqui a um ano ninguém vai nem se lembrar dele. Mas a desunião do Corpo de Cristo demonstrada nesse episódio permanecerá – e sobre isso sim me interessa refletir.

Mas, feita a introdução, vamo ao que interessa. Alguns pontos que as reações ao Festival Promessas (até agora não entendi o porquê desse nome, se alguém puder explicar a lógica disso eu agradeço) deixou claros sobre a igreja evangélica brasileira da atualidade são:

1. Argumentos sem base: Enquanto há cristãos que sabem interpretar a Bíblia do modo teologicamente correto, os argumentos que muitos evangélicos usam para defender seus pontos de vista são extremamente emocionais e/ou superficiais. Por exemplo: para tomar as dores do evento no twitter, um dos versículos mais citados pelos seus defensores foi Filipenses 1.18 ("Todavia. que importa? Uma vez que Cristo, de  qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por  verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei").

Com toda propriedade, o Pastor professor de Bíblia e Hermenêutica Reverendo Augustus Nicodemus Lopes (foto), chanceler do Instituto Mackenzie, fez uma breve explanação hermenêutica do versículo em quatro tweets, que aqui reproduzo: "Paulo se referia aos judeus incrédulos que o estavam acusando nos tribunais romanos, quando ele estava preso em Filipos. Ao acusar Paulo, eles tinham de dizer q Paulo estava pregando q Cristo morreu, ressuscitou e q era o Senhor acima de César. Eles falavam isto para condenar Paulo, mas involuntariamente estavam pregando o Evangelho. É nisto q Paulo se alegrava. Portanto, ñ creio q se possa usar este texto para defender que os crentes podem usar qualquer meio p pregar o Evangelho". Brilhante.

Mesmo assim, ignorando as normas racionais e consagradas de interpretação bíblica, houve quem atropelasse a boa teologia e respondesse de forma, digamos, emocional: "Pra mim, o texto em si já é bem claro. Mas é lógico que não faltarão "exegeses inspiradas" (sic) do versículo em questão! Sempre. Graças a Deus, que para o Senhor falar conosco, ele não precisa que sejamos chanceleres do Mackenzie, né?", discordou um irmão por quem tenho muito apreço por sua seriedade com as coisas de Deus, faço questão de ressaltar, um dos que mais respeito no twitter. Mas que nessa pisou feio na bola (desculpe, queridão).

E, como esse exemplo, houve incontáveis. Ou seja, nós, evangélicos,  conscientemente ou não, ainda abraçamos a ideia mística de que para interpretar a Bíblia devemos esperar um raio do Céu, uma revelação do Espirito Santo dada a cada um, e não seguir pelo caminho que os Bereanos, os reformadores e os grandes teólogos sempre trilharam: uma delicada e detalhada análise das Escrituras baseada em normas consagradas e sistematizadas há séculos. A esse respeito, para quem quiser viver um Cristianismo sem misticismos e revelaiadas, sugiro a leitura de dois livros excelentes: Crer é também pensar, de John Stott, e Entendes o que lês?, de Gordon Fee e Douglas Stuart. Lembrando que grandes heresias da História sempre vieram de "revelações diretas de Deus".

2. Agressividade: Muitos cristãos são extremamente agressivos. Para defender um evento que deveria em tese celebrar o manso e humilde Cordeiro de Deus, usam com quem discorda de si uma agressividade nos bate-bocas digna de fãs de Ultimate Fighting (UFC): distribuem suas opiniões como os gladiadores dessa modalidade de luta bestial, dando socos, murros e pontapés verbais. São verborrágicos, ofensivos, mundanos. Do lado de fora do ringue dos argumentos, esquecem completamente num canto obscuro: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, mansidão e domínio próprio (o fruto do Espirito de Gálatas 5.22,23). Não importa se ofendem ou agridem irmãos em Cristo, importa defender seu ponto de vista. "Não importa a verdade, importa a MINHA verdade e se discordar te pego la fora!" parece ser a tônica das discussões. É a síndrome do telepastor dos programas de TV de sábado de manhã: e daí se sou uma megera verborrágica falando e atacando meus irmãos na fé? Importa que eu fale. E venda, claro.

3. Inutilidade dos grandes eventos: Parte dos cristãos crê que qualquer aglomeração ou exposição na midia "em nome de Jesus" é uma grande conquista do Evangelho. Por outro lado, há os mais críticos e sagazes, que percebem que Marchas para Jesus e festivais como esses não promovem Jesus em nada: são apenas manifestações de poder denominacional, uma forma de ganhar dinheiro e, no fundo, uma boa desculpa. Temos então os crentes crédulos em tudo o que carregue o nome "Jesus" e os que compreendem que grandes eventos não fazem a mínima diferença na proclamação do Evangelho. Que evangelismo eficaz se faz no exemplo pessoal, no corpo a corpo, na pregação de pé de ouvido e não em estruturas megalômanas em que Jesus é um coadjuvante, ofuscado e escondido pelas luzes dos holofotes e pelos decibeis das caixas de som.

4. Discernimento: Os cristãos em grande parte perderam o senso critico. No que tange ao discernimento, há três grupos: de um lado, há uma parcela da igreja sem absolutamente nenhum. Que aceita qualquer novidade que a indústria gospel ou o pastor da moda empurra pra cima de si e acha o máximo. E isso inclui qualquer troço vendido "em nome de Jesus": festivais, músicas, artistas, pregadores charmosinhos, teologias antibíblicas, igrejas da moda, modos de proceder, produtos, unções de 900 reais, ideias… Basta o artista do qual ele é fã ou o pastor que ele idolatra dizer algo que vira lei. Não há exame das Escrituras, não há debates, não há reflexões: se o ídolo gospel falou, tá falado! Que os anjos digam amém.

O segundo grupo, que se contrapõe a esses crédulos festivos, é o de piedosos, aqueles que sentam em um canto, queixo apoiado na mão, respiram fundo, a cabeça balançando, sem forças, energia ou paciência para tentar argumentar com os do primeiro grupo. Pegam suas bíblias, oram e clamam a Deus para que os olhos dos tais sejam abertos, vivendo sua vida devocional sem se misturar com as polêmicas e as bobajadas gospel.

E há o terceiro grupo, de cristãos devotos, críticos e entristecidos com a Babel que a igreja evangélica visível se tornou no Brasil e que tentam desesperadamente fazer algo para mostrar aos crédulos que Jeus não é Genésio: fazem isso no twitter e em blogs, mas principalmente nos púlpitos: legiões de bons pastores e cristãos anônimos que fazem seu trabalho de formiguinha na proclamação do autêntico Evangelho de Jesus Cristo e no combate aos exageros e absurdos praticados "em nome de Jesus"

5. A ilusão da igualdade: Existe uma ilusão proporcionada pelas redes sociais de que todas as opiniões têm o mesmo peso. E isso simplesmente não é verdade. Nesse cybermundo democrático em que convivemos, parece falsamente que a opinião de qualquer pessoa que nunca leu a Bíblia tem o mesmo peso (sendo que não tem) de irmãos que estudaram a Palavra, se dedicaram anos a fio a leituras, estudos e seminários e sabem que Habacuque e Albuquerque são coisas diferentes. Mas nessa cultura de Big Brother Brasil – onde um iletrado ignorante que nunca pegou um livro mas ficou famoso porque participou de um reality show – senta-se à mesma mesa que um sociólogo ou um antropólogo em programas de debates na TV (como se a opinião de todos valesse a mesma coisa), é natural que essa tendência invada o universo gospel, onde se imita tudo o que o mundo faz.

E aí nós vemos nas redes sociais argumentos inacreditáveis – sendo levantados por molecotes pós-adolescentes que mal sabem a diferença de Roboão para Jeroboão – para combater teólogos e sacerdotes que há 30, 40 ou 50 anos estudam a Palavra de Deus e dedicam suas vidas ao ministério – como se estivessem no mesmo nível. Mas o desnível chega a ser tão exacerbado que às vezes dá vontade de rir até do que é escrito por certos indivíduos. Pra não chorar.

Qual o resultado disso? A igreja evangélica visível está perdendo o respeito pelos que detém o conhecimento. E não despreze o conhecimento: quando você está doente procura alguém que tem uma opinião sobre a sua doença ou alguém que tenha estudado anos e detém conhecimento para curá-la? A resposta é óbvia. Apesar disso, neófitos passam a desprezar os mais experientes, vividos, sábios e detentores de conhecimento bíblico e teológico porque petulantemente se enxergam no mesmo patamar. Isso não é desprezar os menos conhecedores nem considerá-los inferiores ou piores, é apenas constatar o óbvio: quem sabe mais sabe mais. Quem tem mais estrada sabe onde estão os buracos e as curvas perigosas. Achar que todos são iguais em suas opiniões é mera ignorância. Não posso achar que a opinião de Pelé sobre como jogar futebol valha menos que a de um menino que está no dente-de-leite do Santos. Ou que a opinião de um jovem que toca violino há seis meses tem mais substância que a de Itzhak Pearlman sobre formas de se tocar o instrumento.

6. Maquiavelismo: Nós, cristãos, achamos que em nome de "ganhar almas" vale tudo. "Nem gosto daquele estilo musical mas acredito que Deus tenha podido salvar alguma miserável alma que viu o programa", justificou um irmão no twitter. O grupo de cristãos que crê nisso nem se dá conta de que está usando um argumento maquiavélico, literalmente. Pois foi o filósofo e escritor Nicolau Maquiavel (pintura) quem criou a máxima "o fim justifica os meios" – ou seja: não importa o que você tenha que fazer para alcançar um alvo, se é pra chegar lá tudo está valendo.

Por outro lado, vemos os grupos de cristãos que percebem que dentro da ética cristã não há espaço para esse tipo de pensamento. E isso gerou comentários no twitter como "Hoje a Rede Globo patrocinou mais um passo na secularização da igreja evangélica no Brasil. E os anjos choram". Ou ainda: "Quem celebra esta incursão da Rede Globo no mercado evangélico não compreende o quanto fomos vendidos com este ato hediondo" – comentários vindos de um respeitado lider eclesiástico.

Curiosamente, o argumento de que "vale tudo para salvar almas" é o mesmo que leva muitos de nós a fechar os olhos para a macumba gospel que acontece em muitas igrejas neopentecostais, como o uso de rosas ungidas, sal grosso, copos de água, óleo santo de Israel, campanhas de sei lá quantos pastores no Monte Sinai e abominações parecidas. "Ah, tudo bem, pelo menos almas estão sendo ganhas", é o argumento que já ouvi milhões de vezes. Só é bom lembrar que, se em Marcos 16 Jesus diz "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas", em Mateus 28 ele dá a versão completa da Grande Comissão: não importa só ganhar almas, importa fazer discípulos: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". E discípulos são cristãos bem ensinados, treinados na sã doutrina, praticantes do Cristianismo puro e simples. E não corpos que são arremessados para dentro de igrejas, passam a frequentar cultos e a praticar as maiores atrocidades antibíblicas. Pois aí, lamento informar, essa alma não foi ganha para Jesus: foi cooptada para uma igreja. E só.

Conclusão

O Festival Promessas foi apenas uma jogada de marketing comercial da Rede Globo e da Som Livre para faturar dinheiro dos cristãos. Quase todos ganharam com isso: a emissora, o pastor-empresário que antes a malhava mas anunciou seus produtinhos nos intervalos, os artistas que participaram do evento. Rolou dinheiro para todos. Bem, para você não, em especial se é carioca, pois foi do seu imposto que a Prefeitura desembolsou o capital para ajudar a organizar o evento. E também não ganhou nada o Reino de Deus, pois nada do que houve ali foi evangelístico, não ouvi até agora nenhuma história de conversão advinda de alguém ter assistido ao show e a única consequência visível foi o quebra-pau entre os irmãos em Cristo pelas mídias sociais.

Apenas mais uma entre tantas provas de que a igreja evangélica visível no Brasil anda mal das pernas, sem devocionalidade, sem amor, mundana, doente, falida, precisando urgentemente de um milagre de Deus para ser restaurada.

Que a Rede Globo promove valores anticristãos nunca foi novidade. Sexo livre, familias destruídas, baixarias, críticas a pastores, evangélicos sendo apresentados em novelas de forma caricata e depreciativa, exaltação da nudez…enfim, nada de bom em termos bíblicos sai da emissora. E, ao promover um show "gospel" que foi um fiasco de público, o que conseguiu fazer foi dividir ainda mais a igreja evangélica visível. Deflagrou uma guerra verbal e de ofensas, agressões, soberba e petulância. O que há de bom nisso? Responda você.

Aí eu me lembro de 1 Coríntios 12.24-27, que diz "Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta, a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo". Percebo, então, que esse Festival não serviu de absolutamente nada para glorificar Deus, só trouxe desunião e esquartejou ainda mais o Corpo de Cristo, que já anda tão dividido.

E dividir a Igreja é aquilo que o diabo mais quer.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

 MAURÍCIO ZÁGARI

15 comentários:

David Vaz disse...

simplesmente fantástico... É visível a coerência, a maturidade e, sobre tudo, uma preocupação genuína com a NOIVA DE CRISTO!Um forte abraço... Estamos juntos nesse labor que, não poucas vezes, nos custa lágrimas, suor e sangue!!

Teóphilo Noturno disse...

Li, li... mas não "me achei" exatamente em nenhum dos grupos listados.

E olha que eu fui até lá testemunhar o negócio acontecendo:
http://bit.ly/promessasfalsas

CENA Jovem disse...

No texto o autor cita "Quem celebra esta incursão da Rede Globo no mercado evangélico não compreende o quanto fomos vendidos com este ato hediondo", eu digo mais, a partir do momento em que existe um "mercado evangélico" o meio evangélico já está "vendido"!
Infelizmente são poucos os remanescentes "Filhos de Deus". Não fomos chamados pra esse tipo de coisa, mas sim para ser FILHOS! Desperta Igreja!
"Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus." (Romanos 8:19)

Anderson Fábio disse...

É verdade Eric!

David Vaz disse...

Simplesmente fantástica esta explanação! Vale a pena, sim, ainda vale a pena ter a convicção de que o evangelho é responsável por ELE mesmo... Coerência precisa-se e é visível neste apaixonante artigo! Estamos juntos, apesar de limitados, nesta luta pela preservação de tão sagrada palavra que é a do nosso Deus! abraço....

Osvaldir Vasco disse...

CUIDADO GENTE! ISSO PODE SER TATICA DO CAPETA, A GLOBO NUNCA FOI DISSO, E A RECORD SEM DUVIDAS QUE É UMA ARMA DO CAPETA COM TITULO DE TV DA FAMILIA E QUE É DA CORJA QUE SE DIZEM EVANGÉLICOS, CIUDADO GENTE!!!!!!!!!!

Sergio Moreno disse...

Irmãos. Eu prefiro ver evangelicos cantando na Globo do que ??? E vcs?
Quantas almas receberam a mensagem de Deus no domingo? Vamos amados. Orar em vez de criticar. Jesus está ativo em tudo.

Eric Schultt (Missionário) disse...

Meu imão Sergio Moreno, você leu todo o artigo do blog? Na verdade nem está sendo muito focado se foi certo ou errado o festival. O problema foi o que ele causou entre os "Irmãos" que se atacaram ferozmente por causa de diferenças de opniões. O festival passou, mas a divisão causada por falta de interpretação teológica correta ficou! Eu particularmente não concordo em vincular o Evangélho a uma fonte que destrói os valores Cristãos. Foi por causa de erros como esses que a igreja se corrompeu em Roma e depois precisou que muitos dessem a vida para reformá-la e ainda assim não estamos nem perto da essência da igreja primitiva. Por isso afirmo que temos que cuidar com as alianças que fazemos neste tempo. Prof. Pb. Anderson da Paola, me corrija se eu estiver errado. Existem meios mais corretos e originais para que o Evangélho seja pregado. Jesus nos ensinou a irmos e fazermos discípulos de todas as nações. Discipular é infinitamente maior do que apenas tocar e cantar em um rede de tv. Ainda assim, antes de querermos discipular alguém precisamos aprender a andar em unidade para que o corpo de Cristo possa existir.
Precisamos repensar o que temos feito enquanto "Noiva" de Cristo sobre esta Terra.
E digo todas essas coias no amor d'Ele. Que Ele nos mostre o que precisamos concertar antes que seja tarde.

Anderson Fábio disse...

Corretíssimo Miss. Eric Schultt, o problema também foi a motivação que gerou este festival, e esta motivação está só ligada a cifrão $$$$. Se pensarmos que o evangelho pode ser pregado de qualquer maneira teremos que aceitar todos que usam da bíblia para pregá-lo, e sabemos muito bem que não é assim, existem muitos evangelhos hoje, com misturas, genéricos, ficamos com o simples e verdadeiro, somente este leva ao novo nascimento e conduz as pessoas a vida eterna!

Rafa Medina disse...

Meu dinheiro suado a Globo não verá não.

Muito bom seu post.

Anônimo disse...

Gostei muito do artigo. Eu concordo com quase tudo, mas acho que se o tal "festival" fosse promovido pela Band, Rede TV, SBT, CNT, Gazeta não seria tão malhado, e , talvez até aplaudido. Se fosse promovido pela Record, seria um genunino "mover de Deus"...rsrs. Para mim, dinheiro ($$$$$) é a motivação de TODAS elas, assim como de todas as gravadoras ditas "evangélicas", tipo Line, Gospel, MK e outras tantas. Nenhuma das emissoras que não a Globo deixam de exibir programs e novelas que exaltam valores não cristãos, e muitas delas, inclusive a "evangélica", são até piores.
Acho que não podemos ser radicais: se radicalizarmos, não poderíamos ter programas em nenhuma emissora de rádio ou TV que não fosse genuinamente evangélica (mas como saber isto...rs?), só poderíamos falar em microfones ou tocar instrumentosque tivessem sido feitos por fábricas evangélicas(?), por operários evangélicos (Rs.), e por aí vai.
A Globo continuará tentando abocanhar o mercado "gospel". E daí? Apenas fará companhia a todas as outras. Ninguém está nisto pelo evangelho, e o desejo de todos os telepastores é, sim, também ter seu programinha na Globo.
Considerando que "uma alma vale mais que o mundo inteiro", será que o festival "promessas", apresentado pela arqui-inimiga do evangelho, que incomoda a todos nós crentes-genuinos-que-sabem-tudo, não teria,pelo menos, aproximado do evangelho uma UNICA alma entre os milhões de telespectadores?
Não, nos já decidimos que NÃO e PONTO FINAL!

Nascimento.

Anderson Fábio disse...

Nascimento,

Muito obrigado pelo seu comentário,e sempre uma benção podermos discutir sobre os valores do reino!
Mesmo não tenha sido eu o autor do artigo, gostaria de deixar aqui minha posição a respeito de seu comentário.

Primeiro, não estamos indo contra a rede globo, ou tal emissora, sabemos que todas as emissoras transmitem programadas que os ditos cristãos não deveriam ver, isso é inquestionável, porém, acho que se fosse feito em outra emissora, não daria tanta discussão, porém acho que o cerne da questão nem é muito isso, mas o que não entra na minha cabeça é quando eu vejo este versículo: "Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas." Lc6:26. Acho que não podemos misturar as coisas, somos um povo que tem que fazer a diferença, não nos unir aos ímpios para "promover" o evangelho, porque foi isso que aconteceu em Roma com Constantino. Acho que enquanto esse evangelho diluído com água e açúcar for pregado, de "Jesus te ama", e pronto, a igreja só vai definhar, quando homens e mulheres de Deus se levantam para pregar o verdadeiro evangelho do arrependimento e da separação com o pecado, nenhuma emissora de TV vai promover, e ai sim estaremos ganhando pessoas verdadeiramente para o reino, porque de conversão superficial, o inferno está cheio!

abraços!

Anônimo disse...

Anderson: Discordo de você. Acho que o Festival pode, sim, ter representado pelo menos uma aproximação de alguém com o evangelho. Se é "água com açucar", tipo "Jesus te ama", acho que depende: não temos como sondar os corações de todos que assitiram ao festival, ao vivo ou pela TV.
Eu, que sou "crente-velho-impaciente-e-chato-com-tudo", e, ainda por cima, não gostava de quase ninguém do festival (gosto de algumas músicas do Davi Sacer, do antigo Pregador Luo-que não foi ao festival..rs, e da Fernanda Brum de 10 ou 15 anos atrás), confesso que me emocionei em alguns momentos, e, no todo, dei nota 8..rs..ao Festival.
Mesmo sabendo que foi motivado por $$$, da "demoniaca" Rede Globo e tudo o mais de negativo que nós gostamos de apontar..rs.., achei positivo.
Nada desta besteira de "A Globo se rendeu a Jesus", e etc., mas achei importante um evento na emissora que tem 50% de audiência do País.
Talvez, lá no fundão do Acre, Nordeste ou Amazonas..sei lá....alguém tenha ouvido pela primeira vez alguma daquelas músicas, se interessado e esteja, hoje, querendo saber mais. Acho que pode ter acontecido, sim. E se aconteceu, acho que já valeu.
By the way, espero não ver na Globo aqueles programas de vender Biblia de 900 reais e congêneres.

Abraço.

Nascimento.

Anderson Fábio disse...

Amado, respeito sua opinião, e acho muito válida suas considerações, com certeza não podemos julgar o poder de Deus, pois o mesmo já usou uma mula para profetizar (rsrsrs), mas acho que os louvores atuais estão mais envoltos a emocionalismo do que unção. Também curto uns hinos do Davi Sacer, e alguns de um conjunto que existia a tempos atrás chamado Diante do trono, pois o mesmo acho que foram sequestrados por extra terrestres e abduzidos(rsrsrs).

Um grande abraço e obrigado pelo comentários mano, sempre crescendo juntos na palavra do Senhor!

leonardo oliveira disse...

O que tenho visto é que é muito fácil me afastar do criador, quando me apego a minhas ideias e vontades, é tão fácil me afastar com minhas opiniões. Sou um leigo, porem gostaria que todo investimento e metas da igreja fossem para os não alcançados. Pois estamos CHEIOS. Tão longe com nosso modo de evangelismo cantado. Para evangelizar os evangelizados, tenho que criar meios para que eles venham. Será que a simples exposição da Palavra perdeu seu poder.

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