Amados e amadas!
Mesmo tendo ido dormir muito tarde ontem à noite, a cama não conseguiu me segurar. O sol ainda não tinha nascido e eu já estava diante do teclado digitando estas palavras. Por quê? Porque muito mais do que meus olhos, meu coração está em lágrimas.
Lágrimas, como assim? Permita-me compartilhar um pouco daquilo que minha alma consegue dizer em meio a tanta coisa que sinto e percebo em meu espírito.
Ao mesmo tempo em que vivemos, de uma forma muito especial no Brasil, um tempo de um derramar da presença de Deus é mais do que claro que muita superficialidade (um faz de conta) e uma ideia mercantilista (o que eu ganho com isto? Já ouviram falar na “Lei de Gerson”?) estão extremamente presentes em nosso meio. Como eu gostaria que o título desta palavra fosse; Fidelidade e presença de Deus.
Antes que passemos o último retorno, precisamos voltar. Voltar a essência das coisas de Deus, não somente em nossos discursos e falas (aliás sobre isto há uma abundância de material), mas prioritariamente e urgentemente na nossa prática cotidiana. Tenho uma sugestão prática: vamos hoje viver pelo menos 10% do que sabemos das coisas de Deus, a começar em nossa casa?
Romanos 16.19 diz que devemos ser excelentes no que é bom e inocentes para o mal. Meu amado, minha amada o que é que tu percebes ao teu redor nesta questão? Qual é a inclinação e prática que tu consegues detectar ao teu redor? Ou até mesmo dentro de ti e nos teus membros (talvez começando pela língua)? Será que conseguimos perceber como a coisa é séria?
Precisamos lembrar que temos uma aliança com o Senhor. Há um pacto eterno que foi estabelecido pelo derramamento do sangue de Jesus que inclusive abalou/fez tremer todo o cosmos/criação quando Ele disse: está consumado. Lembram que sepulcros se abriram? Lembram que o véu se rasgou? Lembram que houve densas trevas sobre a terra? Isto não é uma “brincadeirinha” do tipo: “Tô dentro, tô fora”, ou algo assim “cansei, não brinco mais, vou dar um tempo”. Estamos dentro de um projeto de Deus, Ele deu sua vida e tem cumprido sua parte. Está me vindo um exemplo à mente e gostaria de repartir com vocês. Enquanto escrevo, um temor toma conta de meu coração e oro para que o Senhor leve a bom termo este exemplo.
Vejamos: Quando um homem e uma mulher casam, muitas vezes há uma falsa ideia que o casamento pertence ao casal. Na verdade o dono do casamento é o Senhor, por isso a frase: o que Deus uniu, não o separe o homem. “Meu” casamento com a Joana, não é meu, é d’Ele!! Entenderam? Na nossa relação como casal há algo eterno envolvido, há um pacto eterno. O casal casa com Deus e Ele é o dono do casamento, por isso toda e qualquer ruptura nesta aliança é uma ofensa a Deus. Como pastores, Joana e eu, temos acompanhado, ao longo dos anos, muitos conflitos nesta área e tanto homens como mulheres, por sentirem que seus anseios pessoais não são atendidos, tem reações totalmente contrárias a palavra de Deus, inclusive, muitas vezes neste contexto acontece o adultério. O adultério é uma ofensa séria a Deus, até mesmo antes de ser uma ofensa ao cônjuge. Guardadas as devidas proporções, penso que este exemplo se encaixa muito bem em muitas situações de relacionamento (falo aqui não de casamento) em nosso meio.
Quando minhas expectativas pessoais não são atendidas, “não brinco mais” e um amigo já não é tão amigo assim; a igreja que me ajudou e que foi ferramenta na mão de Deus “não presta mais, vou procurar outra, pois não ‘sinto mais a presença de Deus’, afinal tenho esse direito”. Poderia citar outros exemplos em outras áreas, mas acho que isto é suficiente para passar aquilo pelo qual meu coração chora. Adultérios e mais adultérios vão se acumulando e seguimos ofendendo a Deus como se nada estivesse acontecendo.
Hipocritamente clamamos pela presença de Deus com nossos lábios e até inventamos algumas formas de culto para dizer que Deus está no nosso meio. Quanta mentira, quanta falsidade, quanta infidelidade e quanta ausência de Deus. Abra a bíblia agora e leia com temor e com um coração aberto a palavra de Isaías 59 1-16a. Perceba a atualidade desta palavra. Quebramos pactos, prometemos e não cumprimos (e assim por diante) com uma facilidade nunca antes vista. Isto tem que parar!!!
Gostaria de te fazer um pedido: ajude meu coração a parar de chorar. Um retorno está diante de nós. Mesmo que sejamos infiéis, Ele permanece fiel. Ele é um esposo fiel e presente (2 Tm 2.13). Ele é aquele que quer e que pode nos ajudar a voltar ao caminho da fidelidade. Deixemo-nos encontrar e tratar (mudando atitudes e comportamentos) por Ele. Leia agora a 2ª parte de Isaías 59 e perceba que é somente Ele que pode nos santificar com sua presença.
Posso avisar meu coração para começar a sorrir?
A doce paz seja contigo!
Pr. Roberto Santos
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