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Evangélico não praticante!



"Não existe evangélico não praticante", diziam os sociólogos da religião até pouco tempo. Hoje eles já dizem: "Há um novo fenômeno religioso, os chamados evangélicos não praticantes"!  Sim, já chegamos nesse nível. No dia 19 de Agosto foi matéria de capa do jornal Folha de S. Paulo: "Sobe total de evangélicos sem vínculos com igrejas", e a revista Istoé deste final de semana analisou o fenômeno da fé evangélica não praticante na matéria de capa.

A matéria da Istoé rende várias análises, mas neste primeiro momento quero comentar a questão do evangélicos não praticantes. De certa forma o fenômeno é natural. Como assim? Quando uma religião cresce muito sempre haverá aqueles que não vivem essa fé seriamente, mas que se identificam socialmente com ela. Assim é com os judeus em Israel, com os protestantes nos Estados Unidos, com os católicos no México e com os budistas no Japão. É claro que tal fenômeno não acontece em países de maioria mulçumana, pois vivem em uma clerocracia ferrenha.

Isso é bom? É claro que não. Mas era algo inevitável. Eu sempre acreditei que tal fenômeno fosse nascer no Brasil evangélico, pois a história já mostra que os religiosos não praticantes (autodeclarados) sempre existem em religiões de massa. E outra, a sociedade pós-moderna tem uma aversão pelo compromisso, então tal questão só tende a piorar. A cada dia o evangelicalismo torna-se mera tradição familiar ou identificação cultural. É consequência, também, do excesso de discurso e pouca prática. E o problema gira sempre na falta de firmeza doutrinária. O superficialismo dos púlpitos custa caro.


A matéria também fala sobre o "trânsito religioso". Mas deixo para um próximo post, pois o trânsito religioso deixou de ser mera troca de denominação, pois há evangélicos virando espíritas e pentecostais virando históricos. O "trânsito religioso" ficou mais complexo. Leia a matéria aqui.

Gutierres Siqueira

1 comentários:

Zau Ribeiro disse...

Parece-me um fenomeno natural, pois as igrejas evangélicas cada vez se parecem mais à "religião" que tanto foi criticada aos catolicos. Antes utilizava-se muito , pelo menos em Portugal, a expressão "católico não praticante", pois muitos não tinham perdido a fé em Deus mas sim a fé na Igreja, e o mesmo está a acontecer com os cristãos evangélicos. Paz!

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