Continuando nosso pensamento a respeito deste evento tão impactante, onde o Rei dos Reis passa por um sofrimento que talvez nenhum de nós suportaríamos. É importante lembrar que a morte por crucificação não era causada por ferimento traumático dos pregos; antes, ficar pendurado na cruz resultava em um processo doloroso de asfixia, no qual dois conjuntos de músculo para a respiração - os músculos intercostais e o diafragma - tornavam-se progressivamente enfraquecidos. Com o passar do tempo, a vítima expirava como uma consequência de incapacidade de continuar respirando adequadamente.
Os pés do homem condenado eram pregados lateralmente na peça vertical da cruz, para evitar que ele abrisse as pernas...Quando os pés eram pregados a cruz, uma placa de madeira de oliveira era colocada entre a cabeça de cada prego, e o pé, provavelmente para impedir que o condenado se soltasse do prego.
Por várias vezes Jesus deve ter se estendido para cima, afim de conseguir respirar mais uma vez, retorcendo-se contra a dor que sentia em suas mãos e pés, que estavam perfurados pelos pregos. Embora enfraquecida e em grande angústia, a vítima poderia sobreviver por dias, até que a perda de sangue e a dor tornasse impossível que ela se esticasse para conseguir respirar outra vez. Assim a vítima morria por asfixia ou por ataque cardíaco.
Mesmo com toda essa dificuldade, o mestre não só se esforçou para respirar, mas para deixar estas palavras com ensinamentos tão importantes que estamos aprendendo. E com mais um esforço, Jesus se estica e lança mais uma palavra:
3 - A PALAVRA DE AMOR - MULHER, EIS AI O TEU FILHO .JO 19:26,27
Imaginem a situação: Jesus na cruz, passando pelo pior momento de sua vida aqui na terra como homem, um sofrimento que por mais que nos esforcemos para descrever é difícil imaginar todo sofrimento. E o mestre olha para sua genitora, aquela que foi responsável que carregar o verbo vivo de Deus por 9 meses no seu ventre, para que através disso Ele pudesse se tornar carne e habitar entre nós, Ele olha para ela e se preocupa com ela.
Temos que entender que Maria era viúva, as mulheres não trabalhavam naquela época, por isso a palavra de Deus nos mostra os discípulos e apóstolos ajudando muitas viúvas, pois estas padeciam necessidade por esta situação. Não sabemos ao certo, mas talvez seus filhos homens já haviam casado, e só havia mulheres em sua companhia, Jesus era o único filho homem que ainda permanecia vivo, e como seria sua situação daqui pra frente, como se alimentaria? Quem iria ficar responsável pela serva de Deus? Por aquela que foi bendita entre as mulheres? Nem Maria estava preocupada com isso naquele momento, o sofrimento de ver o mestre em tamanho sofrimento incapacitou Maria de enxergar este ponto de vista. Porém nosso Deus é o Deus dos mínimos detalhes. Ele não esquece de nós e está sempre contemplando nossas adversidades
Alguns acham que Ele é um Deus somente transcendente, isto é, que vive num lugar inabitável e não tem contato nenhum com os seres humanos, entretanto nossos Deus é imanente também, e não só está preocupado conosco, como veio a este mundo entregar sua vida por nós. Como diz Isaías 57:15 "Em um alto e sublime trono habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos."
Louvado seja o nome do Senhor nosso Deus! Mesmo estando em maior agonia, Jesus pensou no futuro de Maria, quanto mais agora que está glorificado nos céus, será que irá esquecer de nós?
Fica aí este pensamento para nossa meditação!
Um abraço
Anderson Biu
Parte 1 aqui, parte 2 aqui
Auxílio bibliográfico
Comentário Histórico-Cultural d Novo Testamento - pag 190
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