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Era uma vez um bom pastor de ovelhas que tinha poucas ovelhas e, cansado de ver seu aprisco tão pouco badalado, tinha pressa em aumentar o rebanho.
Ele sabia que podia cuidar muito bem de uma quantidade maior de ovelhas, mas, não havia ovelhas potenciais naquela região.
Foi quando alguém o convenceu de uma estranha teoria: “Se você batizar um porco e o ensinar a viver como ovelha, com o tempo, ele se torna uma ovelha”. Absorva um pouco de humanismo motivacional, programação neurolinguística e marketing denominacional...
Então, o pastor de ovelhas passou também a cuidar de porcos.
No começo ele quase desistiu, mas, como era um sujeito determinado, insistiu.
Brigou. Bateu. Xingou.
Pediu. Implorou. Manipulou.
Motivou. Desafiou. Presenteou.
Reforçou o comportamento positivo. Premiou.
Brigou. Bateu. Xingou.
Mas, aqueles bichos era realmente rebeldes e sempre insistiam em voltar para a lama logo após o banho diário que ele lhes dava.
O pastor tinha que ficar à porta do mangueirão com uma vara batendo nos bichos para os obrigar a ir pastar os pastos verdejantes e a beber as águas tranqüilas junto com as ovelhas:
- Agora vocês não são mais porcos, dizia ele, agora vocês são ovelhas; comportem-se como tal.
Sem perceber, passou a dedicar a maior parte do seu tempo tentando manter os bichos na linha. E as ovelhas acabaram ficando em segundo plano.
Sem cuidados pastorais, estressadas com a companhia dos porcos que viviam a perturbá-las, elas deixaram de se alimentar e de se reproduzir e, aos poucos, foram se acabando.
Meses depois, com exceção de uma ou outra ovelha que viviam por ali, tristes, isoladas, só havia porcos naquela propriedade.
O pastor de ovelhas transformara-se em pastor de porcos.
Acabou desistindo de ensinar aos porcos o comportamento que se espera de uma ovelha e fazia de conta que não estava vendo seu “redil” chafurnado na sujeira. Os porcos, motivados por medo, continuavam a frequentar aquela congregação, sempre que algum porco disfarçado de ovelha tentava apresentar sua carta de desligamento daquela maquina administrativa religiosa, o pastor coagia e manipulava com frases do tipo: - "Você já foi batizado nessa igreja e agora já se tornou ativo imobilizado nosso"!
Tambem argumentava dizendo: - "Nada de raciocinar com sua própria mente, deixe que a denominação pense por você, é muito perigoso ter opinião própria, isso não serve para misturar na farinha... apenas continue seguindo tradições históricas e adorando mecanicamente sem muitas expressãos expontaneas".
Ao longo do processo, o pastor perdeu sua simplicidade, agora ele possuia um mega vigantesco mangueiral de porcos mutantes!
Agora o pastor não andava mais no meio da congregação, as poucas ovelhas sobreviventes nem os porcos mutantes podem dirigir-lhe diretamente a palavra. É necessario passar por um filtro de 2 secretárias e 3 massageadores de ego.
O pastor chegava de carro importado para simbolizar prosperidade, entrava pelos fundos, e somente depois dos músicos terem cantado 3 rápidas e 2 lentas é que o líder do mangueiral entra triunfante, motivador para não mais se dirigir ao altar, mas sim assumir a tribuna e não mais ministrar o evangelho, mas sim palestrar algo que não ultrapasse 30 minutos.
Ao término agora ele não ora nem mais por unha encravada, muito menos imposião de mãos, simplesmente sai pelos fundos e se alguem ávido por um agendamento pastoral tiver sobrevivido ao filtro dos assessores, poderá ser atendido pessoalmente. Contanto que seja um porco-ovelha potencial a ofertar na próxima reunião algum valor acima dos 5 dígitos, pois agora eles estão em rede nacional de televisão!!!
Os porcos continuarão fingindo ser ovelhas e ele continuará fingindo ser pastor!
Ap Jelson Becker
Ovelhas ou Porcos Mutantes?
Era uma vez um bom pastor de ovelhas que tinha poucas ovelhas e, cansado de ver seu aprisco tão pouco badalado, tinha pressa em aumentar o rebanho.
Ele sabia que podia cuidar muito bem de uma quantidade maior de ovelhas, mas, não havia ovelhas potenciais naquela região.
Foi quando alguém o convenceu de uma estranha teoria: “Se você batizar um porco e o ensinar a viver como ovelha, com o tempo, ele se torna uma ovelha”. Absorva um pouco de humanismo motivacional, programação neurolinguística e marketing denominacional...
Então, o pastor de ovelhas passou também a cuidar de porcos.
No começo ele quase desistiu, mas, como era um sujeito determinado, insistiu.
Brigou. Bateu. Xingou.
Pediu. Implorou. Manipulou.
Motivou. Desafiou. Presenteou.
Reforçou o comportamento positivo. Premiou.
Brigou. Bateu. Xingou.
Mas, aqueles bichos era realmente rebeldes e sempre insistiam em voltar para a lama logo após o banho diário que ele lhes dava.
O pastor tinha que ficar à porta do mangueirão com uma vara batendo nos bichos para os obrigar a ir pastar os pastos verdejantes e a beber as águas tranqüilas junto com as ovelhas:
- Agora vocês não são mais porcos, dizia ele, agora vocês são ovelhas; comportem-se como tal.
Sem perceber, passou a dedicar a maior parte do seu tempo tentando manter os bichos na linha. E as ovelhas acabaram ficando em segundo plano.
Sem cuidados pastorais, estressadas com a companhia dos porcos que viviam a perturbá-las, elas deixaram de se alimentar e de se reproduzir e, aos poucos, foram se acabando.
Meses depois, com exceção de uma ou outra ovelha que viviam por ali, tristes, isoladas, só havia porcos naquela propriedade.
O pastor de ovelhas transformara-se em pastor de porcos.
Acabou desistindo de ensinar aos porcos o comportamento que se espera de uma ovelha e fazia de conta que não estava vendo seu “redil” chafurnado na sujeira. Os porcos, motivados por medo, continuavam a frequentar aquela congregação, sempre que algum porco disfarçado de ovelha tentava apresentar sua carta de desligamento daquela maquina administrativa religiosa, o pastor coagia e manipulava com frases do tipo: - "Você já foi batizado nessa igreja e agora já se tornou ativo imobilizado nosso"!
Tambem argumentava dizendo: - "Nada de raciocinar com sua própria mente, deixe que a denominação pense por você, é muito perigoso ter opinião própria, isso não serve para misturar na farinha... apenas continue seguindo tradições históricas e adorando mecanicamente sem muitas expressãos expontaneas".
Ao longo do processo, o pastor perdeu sua simplicidade, agora ele possuia um mega vigantesco mangueiral de porcos mutantes!
Agora o pastor não andava mais no meio da congregação, as poucas ovelhas sobreviventes nem os porcos mutantes podem dirigir-lhe diretamente a palavra. É necessario passar por um filtro de 2 secretárias e 3 massageadores de ego.
O pastor chegava de carro importado para simbolizar prosperidade, entrava pelos fundos, e somente depois dos músicos terem cantado 3 rápidas e 2 lentas é que o líder do mangueiral entra triunfante, motivador para não mais se dirigir ao altar, mas sim assumir a tribuna e não mais ministrar o evangelho, mas sim palestrar algo que não ultrapasse 30 minutos.
Ao término agora ele não ora nem mais por unha encravada, muito menos imposião de mãos, simplesmente sai pelos fundos e se alguem ávido por um agendamento pastoral tiver sobrevivido ao filtro dos assessores, poderá ser atendido pessoalmente. Contanto que seja um porco-ovelha potencial a ofertar na próxima reunião algum valor acima dos 5 dígitos, pois agora eles estão em rede nacional de televisão!!!
Os porcos continuarão fingindo ser ovelhas e ele continuará fingindo ser pastor!
Ap Jelson Becker
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