Kaká, Neymar e o dízimo. O céu é o limite

O Real Madri parece disposto a pagar a multa rescisória exigida pelo Santos para levar Neymar depois da Copa América, seja quanto for. O que a mídia espanhola diz é que isso é questão de honra para o pesidente Florentino Perez, que, inclusive, estaria contando com a consultoria da 9ine, a empresa do Fenômeno Ronaldo.

E diante da possibilidade de multiplicar o seu salário (calcula-se que hoje ele ganha cerca de R$ 500 mil por mês) já tem gente fazendo cálculos em cima do dízimo que Neymar vai depositar todos os meses na Igreja Batista Peniel. Outro dia, li uma declaração de Neymar pai sobre a fé e devoção de sua família. Ele falava mais ou menos assim:

“Quando Neymar ganhava R$ 800 a gente doava R$ 80. Só que Deus começa a te provar, né? Aí pegamos R$ 400 mil. Caramba, como vamos ‘dizimar’ R$ 40 mil? É um carro! Mas daí você pensa que Deus foi fiel. Pronto, vamos dar R$ 40 mil! Mas daí vieram mais e mais ganhos com o futebol. Meu Deus, não quero nem saber, ‘dizima’ logo isso! (risos).”

Neymar pode ganhar mais de 1 milhão de euros por mês se for para o Real Madri. Então, meu caro leitor, desse salário sobrarão € 100 mil na conta-corrente do pastor da Batista Peniel (mais de R$ 220 mil todos os meses).

Lógico que ninguém tem nada a ver com isso. Cada um faz o que quer com o seu dinheiro. Se para essas pessoas tão religiosas o céu literalmente é o limite, vale lembrar o exemplo de Kaká que também era evangélico e virou o melhor jogador do mundo pagando dízimo milionário para a Renascer em Cristo. Não quero fazer aqui julgamentos precipitados, mas, por uma incrivel coincidência, foi logo depois que deixou a igreja que o futebol dele sumiu.


Marcondes Brito