Conflito de Gerações - Parte 2

Como já iniciamos na primeira parte sobre este assunto, vamos continuar falando de outro conflito que existe dentro da Igreja. Por mais que muita coisa tenha mudado dentro das igrejas evangélicas, especialmente das tradicionais, ainda há em muitos lugares um conflito de gerações.

Quando falamos de gerações, o que mais me preocupa é: qual o legado nós estamos deixando para a próxima geração? Mas isso já é outro assunto...
No entanto, vemos uma nova geração dentro das igrejas que com pouco tempo de fé, já pensa que chegou no topo do mundo, e menospreza as raízes e os homens de fé que muitas vezes deram o seu sangue pelo reino de Deus.

1- Os teólogos sem teologia:

Hoje, com o crescimento do conhecimento, vemos uma geração de novos teólogos, que nunca fizeram teologia, porém com suas vãs filosofias, por estudarem brevemente e ouvirem pregações, acham que já possuem todo o conhecimento. O conflito se dá nos debates que muitas vezes vemos no espaço virtual. Jovens que muitas vezes nem barba tem, debatendo com homens de Deus, que há anos estudam as sagradas escrituras, homens abalizados, diplomados, que se entregaram horas e horas no estudo bíblico. Claro que o homem é falho, mas a falta de respeito e honra a certas pessoas que entregaram suas vidas a Deus para o ministério de ensino é de certa forma um ato de rebeldia e carnalidade.

2- Adoradores sem adoração:

Outro grupo é dos novos adoradores. Fazer música é uma arte, e nisso muitos tem demonstrado uma certa aptidão para o assunto. Pessoas nascem realmente com o talento de fazer músicas e melodias, mas infelizmente o foco buscado acaba se tornando a parte financeira. Então a primeira motivação de fazer uma música para Deus é transformada numa produção de cifras $$. O conflito entre duas gerações inicia, quando vemos jovens menosprezando hinos que forem feitos em momentos de grande devoção a Deus. Jovens hoje fazem seus hinos na frente de um computador, se estudarmos sobre os hinos da harpa cristã, por exemplo, veremos homens de Deus que se afastavam em consagração por dias para poderem receber diretamente de Deus a inspiração de fazer hinos que falem, não repetidas frases, mas letras bíblicas, que trazem força, transformação e vida as pessoas.

3- Usos e Costumes

Claro que sabemos que usos e costumes não são parâmetros para salvação, sabemos que muitas igrejas que possuíam anteriormente costumes hoje já não estão presas a isso. Porém não podemos esquecer também que muitos irmãos que guardavam certos costumes e tradições não o faziam por obrigação, mas por amor a Deus e por acharem que de certa forma isso agradava a Ele. Vemos um grande conflito nessa área, pois muitos que deixaram os costumes, menosprezam aqueles que ainda querem seguir antigas tradições. Temos que entender que são épocas e tempos diferentes. Temos consciência que costumes e tradições não são para a salvação, porém temos que entender que muitos, na sua ignorância bíblica e doutrinária, pensavam que certas coisas deveriam ser feitas para herdar a vida eterna, e por assim acharem, pregavam e ensinavam isso com muita veemência, temendo que de alguma forma, se não ensinassem isso, pessoas iriam para o inferno. Por zelo e amor ao reino muitas vezes isso era anunciado. Hoje nós sabemos que determinadas tradições não são para salvação, temos um conhecimento melhor sobre as doutrinas e conhecimentos bíblicos, no entanto, não podemos ridicularizar nossos irmão que já estão com o Senhor por determinadas coisas que aconteceram. Vamos respeita-los e nos guardar para que não venhamos cair nos mesmos erros.

Gerações se passam e muitas coisas mudam, mas a palavra de Deus permanece eternamente!

Pb. Anderson Silva