O que a Bíblia fala sobre eles?
No Velho Testamento, são identificados pelos profetas de Deus como cães gulosos que nunca se fartam e pastores que nada compreendem (Is 56:11), pastores que destroem e dispersam as ovelhas do Senhor (Jr 23:1) e que se apascentam a si mesmos (Ez 34:2)! Também não faltam pejorativos para descrevê-los em o Novo Testamento. A preocupação do Senhor Jesus quanto ao risco que representam chega a ser alarmante. O Supremo Pastor de nossas almas dizia: “Acautelai-vos” (Mt 7:15). Ele não disfarçava sua reprovação ao chamá-los de “lobos roubadores” e “mercenários” (Jo 10:12). O apóstolo Paulo rotulava-os “cães” e “maus obreiros” (Fp 3:2), enquanto que Pedro os considerava “insubordinados” (2 Pe 3:17). Judas, que não era o Iscariotes, escreveu apenas uma brevíssima epístola, de um só capítulo, mas demonstrou surpreendente verbosidade ao referir-se a eles como “sonhadores alucinados”, “rochas submersas”, “nuvens sem água”, “árvores sem frutos”, “ondas bravias do mar” e “estrelas errantes” (vv 8, 12s).
Comércio de bens espirituais.
O que estes charlatães da fé fazem nos dias de hoje não é muito diferente do que fez Simão, o ilusionista de Samaria, que se “converteu” ouvindo a pregação do evangelista Filipe (At 8:9-13). Quando os apóstolos Pedro e João foram até o lugar e oravam a Deus para que os crentes recém convertidos recebessem o Espírito Santo, impondo-lhes as mãos, Simão ofereceu-lhes dinheiro para que tal poder lhe fosse concedido (At 8:14-25). Conforme nota da Bíblia de Estudo de Almeida, “desta história de Simão procede a palavra simonia, com a qual se faz referência ao indevido comércio com postos eclesiásticos e com as coisas sagradas”. A prática da simonia sempre esteve presente na história da igreja cristã, chegando a ser um dos estopins que levaram à deflagração da Reforma Protestante no século dezesseis. Hodiernamente temos assistido a uma pregação adulterada do evangelho de Cristo. As bênçãos já não são mais recebidas pelos cristãos como expressões da graça maravilhosa de Deus. São vendidas bugigangas como se fossem amuletos, para espantar azar e fetiches para atrair boa sorte. Em algumas igrejas, “pastores” chegam leiloar o valor dos dízimos e a pedir quantias exorbitantes em troca de uma oração por qualquer motivo.
O que fazer?
Acredito que muitos cristãos, sinceros e honestos em seu desejo de viver de forma que agrade ao Senhor, temam desprezar alguém que se apresente como servo de Deus e legítimo representante do reino dos céus. E, lamentavelmente, a superficialidade do conhecimento bíblico da maioria dos evangélicos brasileiros contribui para que sejam enganados pelos mais espertos. Creio, portanto, que somente o conhecimento profundo da Palavra sirva para manter qualquer crente preparado para rechaçar o aliciamento destes falsos obreiros, que são criativos em inventar novas maneiras de tirar dinheiro dos mais incautos.

Deus o abençoe!
Oslei Nascimento
1 comentários:
Na Bíblia encontramos uma maneira de identificar um falso profeta. O Apostolo Pedro em sua 2ª Epístola mostra o perfil de um falso profeta: "E por avareza farão negócio de vós com palavras fingidas...".
O amor ao dinheiro é essa característica peculiar de todos eles. A preocupação de Paulo é que ele sabia que após sua partida, esses tais se introduziriam na igreja, com o fim de tirarem vantagens dos fiéis, por justamente eles agirem em contrário ao que Paulo agia, ou seja: Paulo, como ministro escolhido por Deus, trabalhava para seu próprio sustento, para não ser pesado a igreja. Os falsos profetas não querem trabalhar, pois se consideram super privilegiados com uma "unção especial" a moda dos sacerdotes do antigo testamento. Com essa visão, eles induzem os pobres fiéis a os sustentarem e sob ameaça de maldição, quando o deixam de fazer.
Louvo a Deus por estar livre dessa matilha.
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