O ex-ator Guilherme de Pádua que agora é obreiro da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte falou sobre arrependimento, mudança de vida e rejeição em entrevista ao Jornal Correio. Guilherme conta seu testemunho e destaca que chegou a pensar no suicídio.
Durante o culto que ministrou na Igreja Assembleia de Deus, em Conselheiro Lafaiete, o ex-ator afirmou: “Entre seguir sair criminoso da prisão e ter uma mudança de vida, optei pela conversão, pelo caminho de Deus. A Bíblia também nos ensina que tem uma coisa, que é pior do que o pecado: a falta de arrependimento. Vim mostrar para as pessoas como um cara tão desviado e tendente às coisas vazias tornou-se tão apaixonado por Jesus Cristo”.
Falando sobre as pessoas que o levaram a conhecer o evangelho, Pádua contou: “Muitos irmãos pagaram um alto preço de esperar debaixo do sol e tirar um dia da sua semana para visitar aqueles que a sociedade tem como vermes. A princípio, é claro que eu queria debater com eles, mostrar as minhas opiniões, mas, aos poucos, fui me deixando tocar por aquelas verdades que eles diziam”.
Ele afirmou ainda que, antes de se converter, tinha preconceito contra evangélicos e que sente muito pesar por não ter conhecido antes os valores pregados pela religião. Afirmando acreditar que Deus tem um propósito na vida de todas as pessoas, ele conta que não acreditava que sairia vivo do presídio e que até hoje tem pessoas que torcem para ver sua desgraça.
Afirmando que chegou a desistir da vida, o ex-ator afirma que não mais se importa com as opiniões sobre ele e que não abre mão de sua fé. “Não estou dizendo isso para comover ninguém, pelo contrário, sei que vão falar que, depois de ter feito o que fiz, virei crente. Mas o que as pessoas falarem ou pensarem também não significa nada porque, no final, ou eu vou para junto do Pai ou eu não vou”, afirmou.
Quando perguntado se acha que pagou por seu crime, Guilherme de Pádua disse que nem se morresse seria possível pagar a dor da família. Mas ressalta que a mudança de vida é o melhor resultado que se pode esperar de alguém que cometeu um crime desse tipo. Comparando seu caso com o de outras pessoas condenada por homicídio, e que vivem sem serem perseguidas, ele desabafou: “Sofro perseguição há 20 anos. Quantos outros condenados por homicídio estão andando por aí e tendo suas vidas normais? Se formos pensar por esse lado, eu pago mais do que qualquer outro”.
Ele concluiu a entrevista dizendo que não comenta mais sobre o crime porque prefere trazer à memória as coisas que o dão esperança, e ressalta que cumpriu o que a lei determinou a ele como pena e que nunca se colocou contra as determinações da justiça sobre o caso.
Pátio Gospel Noticias
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