Existe no decorrer do ano, diversas datas que são definidas como feriado, seja, municipal, estadual ou nacional. Quando chegam comemorações religiosas como a festa junina sempre surge a dúvida para os evangélicos: “É correto fazer comemorações?”
Os festejos fazem parte de um ciclo festivo que passou a ser conhecido como festas juninas, homenageia santos reverenciados pela Igreja Católica: Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo. Se pesquisarmos a origem dessas festividades, perceberemos que elas remontam a um tempo muito antigo, anterior ao surgimento da era cristã.
Esses rituais perduraram através dos tempos. Na era cristã, mesmo que fossem considerados pagãos, não era mais possível acabar com eles. Segundo Frazer, é por esse motivo que a Igreja Católica, em vez de condená-los, os adapta às comemorações do dia de São João, que teria nascido em 24 de junho, dia do solstício.
Para Eliomar Mazoco, presidente da Comissão Espírito-Santense de Folclore a comemoração não é religiosa. “É preciso separar o folclore da religião, todos os homens possuem hábitos, cada região tem a sua cultura popular, são manifestações do cotidiano”, afirma Eliomar, ressaltando que existem várias explicações para elucidar as origens das festas juninas e nenhuma é comprovada.
Segundo pastor Erasmo Vieira, da Igreja Batista Morada de Camburi, este assunto deve ser analisado sob vários aspectos. “Qualquer tipo de festa que tenha por finalidade adorar alguém é condenável”, afirma. Para o evangélico, santos são todos os que se converteram e aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. De acordo com o pastor a participação em festas juninas devem acontecer moderadamente, para ele os exageros podem conduzir a uma alienação. “Se for levar tudo ‘ao pé da letra’ os cristãos não deveriam participar do Natal, pois a festa foi criada para encobrir a festa pagã das saturnálias”.
Já o pastor José Vicente de Lima, da 1ª Igreja Presbiteriana de Vila Velha não concorda com a inclusão evangélica nessas comemorações “Com todo o respeito a quem queira participar, a configuração da festa muda, mas o mandamento do Senhor é o mesmo. As pessoas podem até dizer que não concordam com isso porque os tempos e os costumes são outros, mas a Bíblia é a mesma”, justifica.
Segundo José, alguns podem até participar destas festas e não se deixar dominar, mas outros acabam incorrendo em erro. “Jesus participou de festas, de casamentos sem com isso se contaminar. Há festas e festas, para não errar, o melhor seria não ir”, encerrou.
Algumas denominações utilizam as comemorações juninas como evangelização e forma de distração para os jovens. Para Ana Paula Assis que é evangélica e publicitária festas com tema caipira são válidas. “Não só concordo como já participei. Acredito que não deva ter a mesma conotação das festas juninas seculares, por se tratarem de oferendas e lembranças à determinados santos.”
Os Santos

João Batista é festejado no dia 24 de junho, São João ocupa papel de destaque nas festas, foi ele que deu ao mês o seu nome e é em sua homenagem que se chamam "juninas" as festas realizadas no decurso dos seus trinta dias. No Nordeste, por exemplo, essa festa é tão tradicional que no dia 23 de junho, depois do meio-dia, em algumas localidades ninguém mais trabalha. Moças, velhas, crianças e homens o fazem de oráculo nas adivinhações e festejam o seu dia com fogos de artifício, tiros e balões coloridos, além dos banhos coletivos de madrugada.
São Pedro, o apóstolo e o pescador do lago de Genezareth, é considerado o protetor das viúvas e dos pescadores, sendo festejado no dia 29 de junho com a realização de grandes procissões marítimas em várias cidades do Brasil. Em terra, os fogos e o pau-de-sebo são as principais atrações de sua festa. São Pedro, segundo a tradição católica, foi nomeado chaveiro do céu. Assim, para entrar no céu, é necessário que ele abra as portas. Também lhe é atribuída a responsabilidade de fazer chover. Quando começa a trovejar, e as crianças choram com medo, é costume acalmá-las dizendo: "É a barriga de São Pedro que está roncando" ou "ele está mudando os móveis de lugar".
Vida e Paz|Pátio Gospel Noticias
3 comentários:
a Palavra de Deus te diz que vc é livre, e que tudo pode, mas nem tudo lhe convém nem lhe é licito. Então, não haja por inpulso ou por opiniões (como vc pergunta aqui), mas de acordo com a Palavra de Deus, que é a fonte verdadeira.
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam"(Paulo, I Coríntios, 6,12.
Precisamos sempre é estar vigiando.
Postar um comentário
Comente, seu comentário é muito importante, porém antes de comentar, por favor, LEIA O ARTIGO!
Se não entende ainda sobre o que a bíblia diz sobre julgar, por favor leia os artigos abaixo!
Julgar ou não julgar?
É Pecado Julgar?
É correto julgar, expor o erro e citar nomes?
É sempre uma falta de amor criticar e julgar?
Muito obrigado!