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Supremo reconhece união estável de homossexuais



O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, por unanimidade, nesta quinta-feira (5) a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Na prática, as regras que valem para relações estáveis entre homens e mulheres serão aplicadas aos casais gays. Com a mudança, o Supremo cria um precedente que pode ser seguido pelas outras instâncias da Justiça e pela administração pública.

O presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso, concluiu a votação pedindo ao Congresso Nacional que regulamente as consequência da decisão do STF por meio de uma lei. “O Poder Legislativo, a partir de hoje, tem que se expor e regulamentar as situações em que a aplicação da decisão da Corte seja justificada. Há, portanto, uma convocação que a decisão da Corte implica em relação ao Poder Legislativo para que assuma essa tarefa para a qual parece que até agora não se sentiu muito propensa a exercer”, afirmou Peluso.

De acordo com o Censo Demográfico 2010, o país tem mais de 60 mil casais homossexuais, que podem ter assegurados direitos como herança, comunhão parcial de bens, pensão alimentícia e previdenciária, licença médica, inclusão do companheiro como dependente em planos de saúde, entre outros benefícios.
Em mais de dez horas de sessão, os ministros se revezaram na defesa do direito dos homossexuais à igualdade no tratamento dado pelo estado aos seus relacionamentos afetivos. O julgamento foi iniciado nesta quarta-feira (4) para analisar duas ações sobre o tema propostas pela Procuradoria-Geral da República e pelo governo do estado do Rio de Janeiro.

Em seu voto, o ministro Ayres Britto, relator do caso, foi além dos pedidos feitos nas ações que pretendiam reconhecer a união estável homoafetiva. Baseada nesse voto, a decisão do Supremo sobre o reconhecimento da relação entre pessoas do mesmo sexo pode viabilizar inclusive o casamento civil entre gays, que é direito garantido a casais em união estável.

A diferença é que a união estável acontece sem formalidades, de forma natural, a partir da convivência do casal, e o casamento civil é um contrato jurídico formal estabelecido entre suas pessoas.
A lei, que estabelece normas para as uniões estáveis entre homens e mulheres, destaca entre os direitos e deveres do casal o respeito e a consideração mútuos, além da assistência moral e material recíproca.

Efeitos da decisão

A extensão dos efeitos da união estável aos casais gays, no entanto, não foi delimitada pelo tribunal. Durante o julgamento, o ministro Ricardo Lewandowski foi o único a fazer uma ressalva, ao afirmar que os direitos da união estável entre homem e mulher não devem ser os mesmos destinados aos homoafetivos. Um exemplo é o casamento civil.

“Entendo que uniões de pessoas do mesmo sexo, que se projetam no tempo e ostentam a marca da publicidade, devem ser reconhecidas pelo direito, pois dos fatos nasce o direito. Creio que se está diante de outra unidade familiar distinta das que caracterizam uniões estáveis heterossexuais”, disse Lewandowski.
“Não temos a capacidade de prever todas as relações concretas que demandam a aplicabilidade da nossa decisão. Vamos deixar isso para o caso a caso, nas instâncias comuns. A nossa decisão vale por si, sem precisar de legislação ou de adendos. Mas isso não é um fechar de portas para o Poder Legislativo, que é livre para dispor sobre tudo isso”, afirmou o relator do caso, ministro Ayres Britto.

“Esse julgamento marcará a vida deste país e imprimirá novos rumos à causa da homossexualidade. O julgamento de hoje representa um marco histórico na caminhada da comunidade homossexual. Eu diria um ponto de partida para outras conquistas”, afirmou o ministro Celso de Mello.

Fonte: G1

11 comentários:

Anselmo Melo disse...

Eu particularmente já contava com esse parecer dos ministros.isso tudo vem sendo orquestrado a tempos, e,infelizmente é apenas a ponta de um enorme iceberg.Tomara o fato faça com que homens de bem que desejam a preservação da moral,unam suas vozes agora.O caminho para a sodomização da nação acaba de ser aberto.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

Blog Emunah disse...

Pelo facebook Sirlei Stefani disse:

Ei vi no jornal irmão Anderson e é lamentavel só Jesus pra guardar a igreja apartir de agora.

Anderson Fábio disse...

É verdade mana, lamentável mesmo!

Blog Emunah disse...

Pelo facebook José Pereira disse:

SE cumpre ai a palavra de DEus em Timóteo (ii capitulo 3)

Blog Emunah disse...

Pelo facebook Lili Em Missao disse:

Meu Deus! Meu Deus! Estende a Sua mão Senhor com misericordia e nos ensina a pregar o seu evangelho a essas pessoas.. Guarde a Sua Igreja Pai, em o nome de Jesus! Amém.

Blog Emunah disse...

Pelo facebook Evangélica Batista Iebp disse:

Precisamos pedir graça ao Pai celestial.

Blog Emunah disse...

Pelo facebook Pricila Fagundes Quadros disse:

O Senhor tem misericórdia, olha Senhor para este país, para o Mundo tira Senhor as vendas dos seus olhos....

Blog Emunah disse...

Pelo facebook Kelly Fiorin disse:

e todo ano os evangelicos querem fazer parte da politica cade ELES..

Pelo facebook David Vaz disse: disse...

Fazer parte da politica até concordo... o problema vem depois de lá estar...(sub entenda-se)

Anônimo disse...

quanto orgulho, quanto preconceito, quanto julgamento da parte de evangélicos, ao invés de julgar homossexuais, porque vocês param de roubar o povo com desculpas de dízimos, e não vão trabalhar, ou praticar a caridade em orfanatos, asilos e hospitais......seus Fariseus!!!

Anderson Fábio disse...

Amado, com certeza fazemos isso e muito mais que isso, lutamos contra a promiscuidade que está se instalando em nosso país!

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