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Ao contrário do que muitos pensam, o 6º mandamento - "Não matarás" - não é uma tácita e absoluta proibição de matar, independentemente da situação. Ou seja, em determinados casos não é pecado matar. Em determinadas situações é até necessário e recomendável matar.
Pode parecer paradoxal, mas o principal objetivo do 6º mandamento é proteger a vida. Sem essa Lei de Deus escrita e gravada no coração do homem não sobraria ninguém pra "contar a história". Ou seja, os homens se matariam uns aos outros. A proibição é para que o cidadão, individualmente, não tire a vida do outro de forma banal, isto é, para que ele não cometa assassinato, não faça justiça com as próprias mãos e sem um julgamento justo e competente.
Matar alguém significa sempre e necessariamente ter cometido um assassinato? Evidentimente que não. Isso parece já ter ficado claro. A palavra assassinato está diretamente relacionada a crime. Matar alguem em legítima defesa, por exemplo, não é um crime, logo, não é um assassinato. Mas há outras situações em que matar não se constitui nem crime nem pecado. Numa guerra justa, por exemplo, matar o inimigo também não constiui um erro, um crime, um pecado.
Para ilustrar o título dessa postagem, utilizaremos o desfecho trágico de uma tentativa de assalto a uma farmácia, na cidade de Garanhus, no agreste Pernambucano, no dia 14/03/11. Veja no dramático vídeo abaixo:
O policial que salvou a vítima e MATOU o marginal com um tiro certeiro na cabeça cometeu um assassinato? Incorreu no pecado contra o 6º mandamento, que ordena "não matar"? Evidentemente que não. Ninguém o acusará disso, antes, pelo contrário, o policial, provavelmente, será condecorado. Ele era um legítimo representante do Estado naquele momento. Essa morte não deve ser creditada na sua conta pessoal e sim na do Estado que nada mais estava fazendo que o seu papel de "proteger" a vida de seus cidadões.
O policial puxou o gatilho da arma, mas não cometeu nenhum crime. Nem mesmo incorreu em desobediência ao 6º mandamento. Erraria se fosse omisso e se essa omissão culminasse com o marginal tirando a vida da vítima. Isso deixa claro que nem sempre "matar é um crime ou pecado". Matar para proteger a própria vida, de uma vítima indefesa e de toda a coletividade é, inclusive, louvável.
Nesse sentido, chamamos a atenção para a legitimidade e responsabilidade do Estado em elimiar assassinos cruéis, frios e calculistas, após justo julgamento, prestigiando e protegendo a vida da coletividade. O filósofo Tomaz de Aquino costumava dizer que "assim como é justo amputar um membro do corpo que foi acometido por um câncer para salvar todo o resto, também justo é elimiar certos elementos para proteger e preservar toda a sociedade".
Por tudo isso e por entender que existe farta prova escriturística que ensina acerca da necessidade e da responsabilidade do Estado em proteger as pessoas, inclusive utilizando, se necessário, o "poder de espada", é que sou A FAVOR da implantação da PENA CAPITAL no Brasil, sem desconhecer, evidentemente, que mudanças precisariam ser feitas e, talvez, até mesmo outra constituição. Penso que é o único meio lícito de se promover e satisfazer o desejo de justiça nos casos de assassinatos com requintes de banalidade e crueldade. Matar e ficar "apenas preso", ainda que perpetuamente, definitivamente não é justiça na mesma proporção do crime praticado. Se quiser conhecer mais sobre o que a bíblia ensina sobre a PENA DE MORTE.
Fábio Correia, o Filósofo Calvinista
Quando matar não é nem crime nem pecado
Ao contrário do que muitos pensam, o 6º mandamento - "Não matarás" - não é uma tácita e absoluta proibição de matar, independentemente da situação. Ou seja, em determinados casos não é pecado matar. Em determinadas situações é até necessário e recomendável matar.
Pode parecer paradoxal, mas o principal objetivo do 6º mandamento é proteger a vida. Sem essa Lei de Deus escrita e gravada no coração do homem não sobraria ninguém pra "contar a história". Ou seja, os homens se matariam uns aos outros. A proibição é para que o cidadão, individualmente, não tire a vida do outro de forma banal, isto é, para que ele não cometa assassinato, não faça justiça com as próprias mãos e sem um julgamento justo e competente.
Matar alguém significa sempre e necessariamente ter cometido um assassinato? Evidentimente que não. Isso parece já ter ficado claro. A palavra assassinato está diretamente relacionada a crime. Matar alguem em legítima defesa, por exemplo, não é um crime, logo, não é um assassinato. Mas há outras situações em que matar não se constitui nem crime nem pecado. Numa guerra justa, por exemplo, matar o inimigo também não constiui um erro, um crime, um pecado.
Para ilustrar o título dessa postagem, utilizaremos o desfecho trágico de uma tentativa de assalto a uma farmácia, na cidade de Garanhus, no agreste Pernambucano, no dia 14/03/11. Veja no dramático vídeo abaixo:
O policial que salvou a vítima e MATOU o marginal com um tiro certeiro na cabeça cometeu um assassinato? Incorreu no pecado contra o 6º mandamento, que ordena "não matar"? Evidentemente que não. Ninguém o acusará disso, antes, pelo contrário, o policial, provavelmente, será condecorado. Ele era um legítimo representante do Estado naquele momento. Essa morte não deve ser creditada na sua conta pessoal e sim na do Estado que nada mais estava fazendo que o seu papel de "proteger" a vida de seus cidadões.
O policial puxou o gatilho da arma, mas não cometeu nenhum crime. Nem mesmo incorreu em desobediência ao 6º mandamento. Erraria se fosse omisso e se essa omissão culminasse com o marginal tirando a vida da vítima. Isso deixa claro que nem sempre "matar é um crime ou pecado". Matar para proteger a própria vida, de uma vítima indefesa e de toda a coletividade é, inclusive, louvável.
Nesse sentido, chamamos a atenção para a legitimidade e responsabilidade do Estado em elimiar assassinos cruéis, frios e calculistas, após justo julgamento, prestigiando e protegendo a vida da coletividade. O filósofo Tomaz de Aquino costumava dizer que "assim como é justo amputar um membro do corpo que foi acometido por um câncer para salvar todo o resto, também justo é elimiar certos elementos para proteger e preservar toda a sociedade".
Por tudo isso e por entender que existe farta prova escriturística que ensina acerca da necessidade e da responsabilidade do Estado em proteger as pessoas, inclusive utilizando, se necessário, o "poder de espada", é que sou A FAVOR da implantação da PENA CAPITAL no Brasil, sem desconhecer, evidentemente, que mudanças precisariam ser feitas e, talvez, até mesmo outra constituição. Penso que é o único meio lícito de se promover e satisfazer o desejo de justiça nos casos de assassinatos com requintes de banalidade e crueldade. Matar e ficar "apenas preso", ainda que perpetuamente, definitivamente não é justiça na mesma proporção do crime praticado. Se quiser conhecer mais sobre o que a bíblia ensina sobre a PENA DE MORTE.
Fábio Correia, o Filósofo Calvinista
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14 comentários:
Fábio, a Paz!
É um assunto deveras contraditório, pois há também o caso do Lindemberg, por exemplo, que matou sua namorada friamente, foi poupado pelo Estado, mas a vítima foi condenada, a pena Capital foi imposta, quem foi o juiz neste caso e também o carrasco, foi o ex-namorado.
Só fica a questão, e se Lindemberg se arrepneder de verdade, não há mais esperança, deveria ser morto?
Dúvidas que nos assaltam, então ainda há muito assunto para debater.
* Parabén s pelo blog, também por falar o que muitos não tem coragem de expor, apesar de ser um Estado democrático.
Graça e Paz!
Paz e Graça!
A alguns dias foi comentado sobre esse assunto no Vejam Só!, na RitTV. Foi um assunto muito polêmico! hehe
Sola Gratia!
Realmente é polêmico, mas a bíblia tem uma forte tendência a favor da pena de morte!
Paz e Graça!
Já concordo com os pontos do Pastor que defendeu a pena de morte (matar não é pecado em legítima defesa, para manter a ordem do Estado, em motivo de guerra, etc..)
Sola Gratia!
Parabéns pela coragem Fábio. Eu concordo e digo mais, os órgãos desses elementos inúteis serviriam para pessoas de bem na sociedade que estão há anos esperando por um coração, rins, etc. E vou além, deveria se verificar a responsabilidade dos pais de um elemento iníquo para que os mesmos também de alguma forma não tentassem acobertar os filhos das trevas. O certo deveria ser: Se privou aguém da vida deveria ter a sua vida privada - claro, cada caso é um caso. Mas existem casos vergonhosos de assassinos, sequestratodores e etupradores que todos estão vendo que não há mais recuperação. Se de fato a pena capital vingasse no País, teríamos também uma diminuição da superpopulação carcerária.
Uma verdade que todos estamos assistindo calados é que DIREITOS HUMANOS só existe e atua para bandidos. As vítimas não têm direito algum, a não ser que procurem fazer justiça com as próprias mãos como vemos por aí, pois se esperarem pela justiça... só se for a DIVINA.
Não sou evangélico, mas concordo que matar para o bem da humanidade é deveras contraditório, pois a vida é um dom divino e tirá-la parece ser um paradoxo eterno.
Mais um mané que morre!! Teve sorte pois nem sofreu. Merecia ser torturado antes.
Você deixaria alguém te matar ou mataria para se proteger ?
Eu mataria com certeza, não sei que polemica existe nisso.
Querer achar na bíblia justificativa para matar alguém, seja lá por que razão é a mesma coisa que justificar a inquisição. Afinal se ele não é cristão porque não o matamos? E a escravidão? qual era a justificativa dos cristãos? Negro era pagão, não tinha alma, esqueceram. Não procurem respostas em livros que não foram feitos para dar respostas.
Não é querer achar justificativa, é estudar um ponto de vista na bíblia.
Pecado não existe, existe apenas certo e errado oque esta na bíblia não vale nada, deus nunca mando nenhum mandamento isso foi inventado para controle da massa.
Inventado? Ok. Sua opinião, porém gostaria de me explicar como todas as profecias que foram escritas a anos antes de Jesus vir, exemplo de Isaias que viveu 700 anos antes de Jesus, se cumpriram em Jesus?
Como um homem poderia saber disso? Como você pega mais de 40 escritores, para escrever sobre um assunto e todos eles escrevem sem se contradizer?
A bíblia é o único livro atemporal, que ainda hoje fala com pessoas, os outros livros precisam ser atualizados! A bíblia vive mais de 3 mil anos e está sempre atualizada!
abraços
Um assunto de fato bastante contraditório. A questão está no fato de que um mandament0 nem sempre é seguido. Mas quem deve pagar pela desobediência? O desobediente ou a vitima. Vivemos numa sociedade, a sociedade tem esse fim: As pessoas vivem juntas pois facilita a vida, mas nem sempre todas as pessoas estão aptas a viver em grupo, elas roubam, matam e aproveitam da boa vontade dos outros para se beneficiar, embora quase sempre o único beneficiado seja elas mesmas.
A religião Judaico-cristã diz que o ato de matar um homem é uma transgressão a um mandamento divino, em baixo de uma analise esse mandamento preserva a vida e torna passível de perdão (ou ate mesmo condolência) quando se mata um homem com o objetivo de salvar outra vida (ou varias vidas). No entanto isso leva certas contradições filosóficas. A Declaracão Universal dos Direito Humanos diz em seu Artigo 3 que todo individuo tem direito a vida e a velha filosofia prega que uma vida é um bem inestimável. Dessa forma não nos cabe decidir se uma vida é melhor do que outra, em outras palavras decidir "quem deve morrer e quem deve viver". Nao somos dotados desse poder.
Boa policia,é isso mesmo bandido bom e bandido morto,tem que matar mesmo.
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Se não entende ainda sobre o que a bíblia diz sobre julgar, por favor leia os artigos abaixo!
Julgar ou não julgar?
É Pecado Julgar?
É correto julgar, expor o erro e citar nomes?
É sempre uma falta de amor criticar e julgar?
Muito obrigado!