Com essa declaração, o Apóstolo Paulo coloca o a fé Cristão (o Cristianismo em si) em "xeque". Pois, se Jesus realmente não ressuscitou, tudo se torna uma mentira.
(01) FATO: Após a crucificação Jesus foi sepultado por um membro do sinédrio chamado José de Arimateia.
Isso significa que tanto judeus como gentios conheciam o local onde Jesus foi sepultado. E isso é importante, pois os apóstolos jamais poderiam falar de ressurreição se o corpo estivesse no local. Argumentos a favor da historicidade:
I - O sepultamento de Jesus é confirmado pela antiga tradição citada por Paulo em 1 Co 15, uma tradição bem antiga e muito próxima a morte de Cristo para ser considerada como mito.
II - O evangelho de Marcos muda dramaticamente em seu estilo no relato da morte de Cristo, mostrando que ele tinha uma fonte mais velha que o próprio evangelho, que é considerado por muitos acadêmicos o evangelho mais antigo.
III - É altamente improvável que fosse inventado que um membro do sinédrio, que levou Cristo à morte, desse sepultasse a Cristo.
IV - Não existe nenhum outro relato concorrente. Se o relato fosse fictício era de se esperar algum vestígio histórica ou alguma lenda, mas todas as fontes são unânimes em afirmar o honroso funeral por Jose de Arimateia.
(02) FATO: No domingo seguinte a crucificação, o túmulo de Jesus foi encontrado vazio por alguma de suas seguidoras. Argumentos a favor da historicidade:

II - A antiga tradição de 1 Co 15 que diz que Cristo ressuscitou implica em um túmulo vazio, principalmente por causa da expressão “no terceiro dia”.
III - O relato de Marcos é um relato simples, desprovido de extravagâncias e acréscimos presentes em lendas.
IV - O relato de mulheres na época não tinha valor como testemunho na época. Então, a ressurreição ser anunciada por mulheres é considerado algo vergonhoso, sendo um argumento a favor da veracidade do que foi descrito.
V - As próprias mentiras inventadas pelos judeus na época afirmam que o túmulo estava vazio. A própria reação dos judeus foi uma tentativa de explicar o túmulo vazio. Uma evidência vinda dos próprios inimigos do Cristianismo.
(03) FATO: Em várias ocasiões e circunstâncias, diferentes pessoas e grupos de pessoas afirmaram terem visto aparições de Cristo. Argumentos a favor da historicidade:
I - A lista de testemunha citada pela tradição de Paulo em 1 Co 15 aponta às aparições.
II - As diferentes aparições são confirmadas entre os evangelhos (lembre-se que cada evangelho é um livro distinto), um forte indicativo para saber se algo é histórica (fontes independentes atestando os mesmos eventos).
III - Certas aparições tinham marcas próprias de historicidade, como o irmão de Tiago que não era um crente em Cristo, de acordo com os evangelhos (e não havia nenhum motivo de inventarem isso), mas que virou um mártir pela causa de Cristo. A única explicação possível para essa notável transformação na vida de Tiago é que Cristo apareceu a ele.
IV - Os primeiros discípulos acreditavam que Jesus havia ressuscitado dos mortos, mesmo tendo tudo para não crerem isso: (1) os judeus não tinham nenhuma crença de um Messias morto, mas um Messias que ia expulsar os romanos da Terra Prometida; (2) segundo a lei judaica, a execução de Cristo, pendurado no madeiro, atestava que ele estava sob a maldição de Deus; (3) as crenças judaicas da época sobre vida após a morte não continham nada sobre alguém ressuscitar antes do último dia.
Documentos romanos:
Entre os anos 110 e 120 três escritores romanos, não cristãos, deixaram o seu testemunho sobre Jesus. São documentos com menos de cem anos após a morte de Cristo, e informam com exatidão sobre o lugar e a época em que Jesus viveu. Consideram Jesus como um personagem histórico, e não como um mito.
1. O mais importante é o de Tácito que escreveu por volta do ano 116, falando do incêndio de Roma que aconteceu no ano 64. Tácito apresenta uma notícia exata sobre Jesus, embora curta. “Um boato acabrunhador atribuía a Nero a ordem de pôr fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou às torturas mais horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo apelidava de cristãos. Este nome vêm lhes de Cristo, que, sob o reinado de Tibério, foi condenado ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. Esta seita perniciosa, reprimida a princípio, expandiu-se de novo, não somente na Judéia, onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de Roma” (AnaisXV, 44).
2. Plínio o Jovem, Governador romano da Bitínia (Asia Menor), escreveu ao imperador Trajano, em 112: “...os cristãos estavam habituados a se reunir em dia determinado, antes do nascer do sol, e cantar um cântico a Cristo, que eles tinham como Deus” (Epístolas, I.X 96)
3. Suetônio, no ano 120, referindo-se ao reinado do imperador romano Cláudio (41-54), afirma que este “expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de Chrestós (forma grega equivalente a Christós), se haviam tornado causa frequente de tumultos” (Vita Claudii, XXV). Esta informação coincide com o relato de Atos 18,2 (“Cláudio decretou que todos os judeus saíssem de Roma”); esta expulsão ocorre por volta do ano 49/50. Suetônio, mal informado, julgava que Cristo estivesse em Roma, provocando as desordens. Os judeus foram expulsos de Roma por outros motivos.
Documentos Judaicos:
1. O Talmud dos judeus apresentam passagens referentes a Jesus:
Talmud é uma coletânea de leis e comentários históricos dos rabinos judeus posteriores a Jesus. A importância destes documentos está em que, embora eles se opusessem a Jesus, não negam a sua existência, embora procurem interpretar a tradição cristã de maneira a ridicularizá-la. É claro que eles não teriam a preocupação de combater um personagem que fosse apenas um mito. Tratado Sanhedrin 43a do Talmud da Babilônia: “Na véspera da Páscoa suspenderam a uma haste Jesus de Nazaré. Durante quarenta dias um arauto, à frente dele, clamava: Merece ser lapidado, porque exerceu a magia, seduziu Israel e o levou à rebelião. Quem tiver algo para o justificar venha proferi-lo! Nada, porém se encontrou que o justificasse; então suspenderam-no à haste na véspera da Páscoa.” Aqui os próprios judeus dão um testemunho claro da morte de Jesus por crucifixão, embora distorçam os fatos, procurando ridicularizar o Cristo, em quem não acreditavam.
2. Flávio Josefo (historiador judeu, 37-103):

Documentos Cristãos:
Os Evangelhos narram detalhes históricos, geográficos, políticos e religiosos da Palestina. São Lucas, que não era apóstolo e nem judeu, fala dos imperadores Cesar Augusto, Tibério; cita os governadores da Palestina: Pôncio Pilatos, Herodes, Filipe, Lisânias, Anás e Caifás (Lc 2,1;3,1s); São Mateus e São Marcos falam dos partidos políticos dos fariseus, herodianos, saduceus (Mt 22,23; Mc 3,6); São João cita detalhes do Templo: a piscina de Betesda (Jo 5,2), o Lithóstrotos ou Gábala (Jo 19, 13), e muitas outras coisas reais. Os apóstolos e os evangelistas não podiam mentir, pois viviam e pregavam num ambiente hostil, tanto por parte dos judeus quanto por parte dos romanos, e a mínima mentira deles seria prontamente denunciada pelos adversários. Os apóstolos e evangelistas nunca teriam inventado um Messias do tipo de Jesus: Deus-homem, crucificado (escândalo para os judeus e loucura para os gregos ´ 1Cor1,23). Os relatos dos Evangelhos mostram um Jesus bem diferente do modelo do Messias “libertador político” que os judeus aguardavam. Além do mais, homens rudes da Galiléia não teriam condições de forjar um Jesus tão sábio, santo, inteligente, desconcertante... Os milagres que Jesus fez – cerca de 40 – que os evangelistas narraram (24Mt; 22Mc; 24Lc; 9Jo) jamais poderiam ter sido inventados pela mente dos cristãos. Sem eles, aquele povo não teria o entusiasmo de seguir Jesus, mesmo após a sua morte na cruz. A doutrina que Jesus pregava era de difícil vivência (“entrai pela porta estreita”, “amai os vossos inimigos”, condenava o divórcio tão comum entre os judeus, etc.) e não era adequada a gerar entusiasmos. O escritor romano Tácito, falava do cristianismo como “desoladora superstição”, e Minúcio Felix, falava de doutrina indigna dos gregos e romanos.
Sem a realidade dos milagres, e de modo especial a Ressurreição, o Cristianismo não teria vingado na Palestina e teria sido aniquilado pelos doutores da lei. Sem a Ressurreição de Jesus, o milagre decisivo, o Cristianismo estaria baseado na falsidade de um crucificado, doente mental, ou farsante...e na alucinação de alguns rudes pescadores da Galiléia. Mas não, tudo foi verdade!
Isto mostra a veracidade de tudo o que os Evangelhos narram. É preciso lembrar ainda que o zelo da Igreja pela verdade dos fatos, fez com que ela rejeitasse como não autênticos muitos textos apócrifos, por serem cheios de fantasias e maravilhas não comprovadas. Será que poderia um mito ter vencido o Império Romano?
Será que um mito poderia sustentar os cristãos diante de 250 anos de martírios e perseguições? O escritor cristão Tertuliano (†220), de Cartago, escreveu que “o sangue dos mártires era semente de novos cristãos”.
Será que um mito poderia provocar tantas conversões ao Cristianismo? No século III já haviam cerca de 1500 sedes episcopais em toda a Igreja.
Pense nisso e celebra o dia de hoje! Ele ressuscitou!
Fortunato Barbosa
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